terça-feira, 12 de junho de 2012

Agripino alerta para os efeitos da crise mundial no Brasil

Agripino alerta para os efeitos da crise mundial no Brasil: governo arrecada e gasta mal


O gasto público desenfreado, a falta de competitividade e as recentes decisões superficiais tomadas pelo governo federal para tentar acelerar a economia do Brasil colocam o crescimento do país em estado de alerta, afirmou o líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN). Em discurso no final da tarde desta segunda-feira (11) no plenário, Agripino criticou a ausência de medidas firmas do Executivo para evitar uma crise econômica de dimensões “europeias” e disse que é momento de o Brasil se cuidar senão quiser trilhar o mesmo caminho da Espanha.
 Neste final de semana, países da zona do euro decidiram ajudar a Espanha com um empréstimo de até 100 bilhões de euros – cerca de R$ 251,5 bilhões – para a recapitalização do setor bancário do país. Mas o governo do país faz questão de dizer que não se trata de um pacote de resgate, como os que receberam Grécia, Irlanda e Portugal, mas um empréstimo.
 “A crise espanhola deve significar uma alerta real para o governo do Brasil. Precisamos acordar para não sofrer as mesmas consequências dos países da Europa. Não é hora de brincadeira. É momento de disciplinar o gasto público a fim de sobrar dinheiro para que o país possa honrar seus compromissos”, frisou Agripino. “Quem paga o pato é o cidadão, com serviços públicos inexpressivos, e sendo constantemente taxado por meio dos impostos”, continuou.
 O presidente nacional do Democratas lembrou que o governo federal tem índices altíssimos de arrecadação, que não condizem com a realidade dos serviços públicos oferecidos aos brasileiros. De janeiro até maio deste ano foram R$ 600 bilhões arrecadas em impostos. Em 2011, o país arrecadou R$ 1,51 trilhão e a expectativa para este ano é de R$ 1,6 trilhão.
 “O governo arrecada muito e gasta mal. Não sobra dinheiro para fazer infraestrutura. Você vê toda hora providências por parte do Planalto, mas tomada de posição firme com relação ao corte do gasto público eu não vejo. O Brasil precisa acordar, observar o que está acontecendo em países desenvolvidos, onde os protestos de rua mostram que os governos não fizeram o dever de casa”.
Fonte: - Publicado por Robson Pires, na categoria Notas às 12:50

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